Realizada nesta sexta-feira (10), na Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, a reunião do Fórum Estadual de Enfrentamento a Exploração e Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes. O evento contou com a participação de representante da sociedade civil que atuam na área da proteção, promoção e defesa dos direitos da população infanto juvenil e de órgãos públicos Municipais e Estaduais que têm ações de políticas públicas direcionadas para crianças e adolescentes vítimas de violações.
A pauta do encontro foi a definição de ações e atividades em alusão à semana do 18 de maio. A data visa a sensibilização e mobilização da sociedade e articulação das políticas de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A Superintendente da Assistência Social, Janaína Mapurunga, reforça que o Governo do Estado do Piauí vem atuando junto aos 224 municípios, apontando entre as ações, a visita de técnicos da Sasc a mais de 100 municípios em pleno período da pandemia, tendo em vista que houve uma intensificação de denúncias de casos de exploração sexual de crianças e adolescente durante o período.
O trabalho também será intensificado nas escolas e trabalhando orientações sobre como realizar denúncias “alertando as escolas, professores, diretores para que saibam identificar alguns casos em que a criança já está sofrendo e precisa ser encaminhada para um tratamento ou precisa ser conversado com a família”, aponta ela.
Gerente de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Sasc, Ananias Cruz, ressalta que a intenção do 18 maio é fazer um chamado a sociedade civil, a imprensa e os órgãos de governo para que possam desenvolver ações em conjunto, reforçando a importância das denúncias “ e desenvolver esse processo de conscientização de que o corpo de criança não é brincadeira”, enfatiza Ananias Cruz.
A Irmã Denise Murra, da ONG Centro da Juventude Santa Cabrini, fala sobre a importância da prevenção: “O nosso trabalho de prevenção faz com que alguns projetos onde as próprias meninas do coletivo chamado #todasporuma possa ser multiplicadoras dessa temática e influenciar outras adolescentes para a prática do bem”, conta.
A ONG também trabalha com as famílias: “trabalhamos oficinas fazendo cooperação com as escolas locais. E a nível mais global, fazemos parte da rede Grito pela Vida, e essa rede trabalha a defesa da criança, do adolescente e da mulher com relação ao trafego de pessoas e abuso sexual de crianças e adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade”, exemplifica a Irmã Denise.